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Paisagismo ativista usa plantas nativas para resgatar a brasilidade

Leitura: 4 mins.

Conceito valoriza biodiversidade nativa para construir a cidade do futuro, com mais brasilidade e um ecossistema em equilíbrio.

O país que tem a maior biodiversidade do mundo não precisaria buscar no exterior plantas para compor seus ambientes, certo? No entanto, é isso que muitas vezes acontece com os projetos de paisagismo no Brasil: utilizam plantas estrangeiras para compor e decorar os ambientes.

Para mudar esse cenário, a Cardim Arquitetura Paisagística traz para seus projetos, como o Verve Pinheiros, o conceito de paisagismo ativista. Entenda o que é e os benefícios que ele pode proporcionar para as nossas cidades.

Maior biodiversidade do mundo

De acordo com a plataforma Flora do Brasil 2020, o país tem 49.280 espécies reconhecidas, entre algas, fungos e plantas. Mesmo assim, segundo Ricardo Cardim, botânico e um dos diretores da Cardim Arquitetura Paisagística, cerca de 90% da vegetação usada hoje no paisagismo brasileiro vem de outros países.

Os prejuízos dessa prática, explica ele, são culturais e ambientais. Culturais porque, ao se deparar com espécies estrangeiras sobretudo nas grandes cidades, a população brasileira desconhece sua vegetação nativa. E ambientais porque não só a flora original do nosso território desaparece, mas também a fauna, uma vez que a utilização de plantas nativas favorece o equilíbrio do ecossistema como um todo.  

Resgate da brasilidade

Frente a esse cenário, o paisagismo ativista busca utilizar vegetação nativa com o objetivo de reequilibrar o ecossistema local e fazer um resgate histórico e cultural. Dessa forma, segundo Cardim, animais da fauna nativa, como pássaros e borboletas que evoluíram ao longo de milhares de anos junto com essa vegetação, também passam a frequentar o local. “O jardim não é só das pessoas, ele é um direito da fauna e da flora”, defende.

Esse resgate faz parte do compromisso, lembra ele, de construir o que chama de cidade do futuro: aquela em que será possível conciliar o conforto do mundo moderno com o patrimônio natural herdado. “No passado nós expulsamos esse patrimônio e trouxemos plantas estrangeiras por motivos de preconceito cultural e desconhecimento. Hoje queremos resgatar essa incrível paisagem de fauna e flora”, explica Cardim.

O paisagista explica ainda que os benefícios do equilíbrio do ecossistema proporcionado pelo uso de plantas nativas vai além da questão estética, contribuindo para o controle de pragas urbanas, diminuição da temperatura e aumento da umidade do ar.

A MPD e o paisagismo ativista

O resgate da brasilidade no paisagismo é um dos destaques do Verve Pinheiros, primeiro empreendimento da MPD em São Paulo. Clique aqui para saber mais sobre o projeto como um todo e aqui se quiser mergulhar no paisagismo do empreendimento.